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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CGU QUE QUE MINISTRO ORLANDO SILVA ESCLAREÇA CONVENIO FANTASMA




CGU QUE QUE MINISTRO ORLANDO SILVA ESCLAREÇA CONVENIO FANTASMA
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Orlando Silva repassou R$ 6,2 milhões
a projeto da Copa que não existe

Oposição vai pedir esclarecimentos sobre convênio assinado pelo ministro do Esporte
Do R7, em Brasília

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Ministro do Esporte Orlando Silva Copa 2014Fernando Dantas/Gazeta Press

Orlando Silva (em primeiro plano) terá que se explicar

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Não é de hoje que o Ministério do Esporte está na berlinda. E, desta vez, a oposição promete não dar trégua ao ministro Orlando Silva. No cargo desde abril de 2006, Silva assinou no final do ano passado um convênio no valor de R$ 6,2 milhões com um sindicato de cartolas do futebol para um projeto da Copa do Mundo de 2014 que nunca saiu do papel, segundo informações publicadas nesta quarta-feira (31) no jornal O Estado de S. Paulo.

Sem licitação, Orlando Silva contratou o Sindafebol (Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais de Administração e Ligas), presidido pelo ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi, para fazer o cadastramento das torcidas organizadas dentro dos preparativos para a Copa.

Segundo o ministro, houve dispensa da licitação pelo fato de que o Sindafebol teria conhecimento e experiência para realizar o trabalho. Ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo, porém, Mustafá admitiu que o sindicato não tem condições de cumprir o contrato.

No Congresso, a oposição já começou a se mexer para ouvir as explicações de Orlando Silva. O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, afirmou ao R7 que vai apresentar uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o ministro e pedir ao Ministério Público abertura de inquérito.

- Vamos convocar o Orlando Silva para falar nas comissões de Fiscalização e Controle e na de Desporto e Turismo. Isso já era esperado. Os problemas com ele se sucedem.

FPF se exime

Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, que também estaria envolvido no projeto, cedendo o cadastro dos torcedores que tem em mãos, foi ouvido pelo R7 e explicou a posição da entidade.

- Nós havíamos colocado nosso cadastro com mais de 45 mil nomes de torcedores à disposição, mas o outro lado não fez nada. A FPF, quando tomou conhecimento do que estava acontecendo [com o Sindafebol], suspendeu suas ações.

Sindafebol

No processo do convênio assinado com o ministério, o sindicato informou que subcontrataria, por R$ 3,3 milhões, a empresa Mowa Sports para desenvolver o software do cadastramento, locação de equipamentos eletrônicos, entre outras coisas. Ainda de acordo com o jornal, a empresa afirmou que não assinou contrato com o sindicato.

A rapidez com que os R$ 6,2 milhões foram repassados pelo ministério também impressiona. A aprovação foi feita em tempo recorde, entre novembro e dezembro do ano passado. O documento tem a assinatura de Alcino Reis, assessor especial de futebol do ministério e homem de confiança do ministro Orlando Silva.

O convênio, que faz parte do projeto Torcida Legal, foi assinado por Reis e pelo secretário-executivo do ministério, Waldemar Manoel Silva de Souza.

As empresas que aparecem como responsáveis pelos serviços do projeto nunca foram contratadas pela entidade dos cartolas, dirigentes de clubes, que leva o nome oficial de Sindafebol. Os atestados de capacidade técnica entregues ao governo, por exemplo, foram feitos pelo próprio sindicato.

Segundo Tempo

No começo do ano, Orlando Silva foi atingido por outra denúncia. De acordo com matéria do Estado de S. Paulo, o Ministério do Esporte publicou, em janeiro, um convênio de R$ 16 milhões do Programa Segundo Tempo com uma entidade dirigida por membros do PCdoB em Santa Catarina, partido ao qual Silva é filiado. A entidade não havia cumprido o prazo de convênio anterior com a própria pasta para cuidar do mesmo projeto.

Presidido por Rui de Oliveira, filiado ao PCdoB, o Instituto Contato teve seu contrato rescindido em dezembro, segundo decisão do ministério publicada no Diário Oficial da União, "tendo em vista o não cumprimento do objeto pactuado, quanto à realização das atividades constantes no Plano de Trabalho, e o não cumprimento das metas físicas e financeiras previstas no Plano de Aplicação".