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quarta-feira, 15 de abril de 2009

LULA: NÃO QUERO QUE O BNDES DEIXE EMPRESA SEM CRÉDITO



Terça, 14 de abril de 2009, 12h48

Fonte: Redação Terra
Economia nacional
LULA: NÃO QUERO QUE O BNDES DEIXE EMPRESA SEM CRÉDITO

Atualizada às 12h54

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira, no Paraná que não quer que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deixe qualquer empresa brasileira sem crédito. Lula elogiou a maior agilidade do BNDES para empréstimos e citou o maior aporte feito na instituição pelo governo federal, mas, ainda assim, disse cobrar o presidente do banco, Luciano Coutinho, todos os dias.

"Eu tenho cobrado o meu amigo Luciano todo dia: Luciano, eu não quero que uma empresa desista por falta de dinheiro", afirmou Lula durante comemoração dos 110 anos da Klabin.

O presidente voltou a dizer que o País estava bem preparado para a crise econômica, motivo pelo qual afirmou no ano passado que os problemas no Brasil não seriam da proporção dos registrados nos Estados Unidos e Europa.

"Se não tivéssemos feito os sacrifícios que deveríamos ter feito, se tivéssemos gastado o que as pessoas queriam em outros momentos, não estaríamos na situação que estamos hoje. Por isso disse que essa crise não seria para o Brasil o que ela seria para a Europa ou para os Estados Unidos", afirmou.

Lula disse que os governos precisam trabalhar pra restabelecer a confiança do consumidor, idéia que o brasileiro disse ter conversado com o presidente americano, Barack Obama, durante a reunião do G-20, em Londres, no início do mês.

"Às vezes, chego a pensar que 50% da crise é resultado de um pouco de pânico que tomou conta das pessoas".

O presidente também cobrou maior ousadia às empresas e que elas procurem novos mercados, como o continente africano e a América Latina, para ser destino de suas exportações.

BNDES GARANTE QUE PEQUENAS EMPRESAS TERÃO MAIS ACESSO AO CRÉDITO

BNDES
GARANTE QUE PEQUENAS EMPRESAS TERÃO MAIS ACESSO AO CRÉDITO

Publicada em 13/04/2009 às 16h43m
Valor Online

SÃO PAULO - O governo federal já está analisando a reativação do fundo de aval do BNDES voltado a micro, pequenas e médias empresas, com o intuito de facilitar o acesso dessas companhias a linhas de crédito, confirmou hoje o superintendente da área de operações indiretas do BNDES, Claudio Bernardo de Moraes. Segundo ele, um departamento especial foi criado dentro do BNDES somente para conduzir esse processo, cuja conclusão "logo será conhecida pelos empresários".

Para Moraes, a reestruturação desse fundo (o chamado Fundo Garantidor de Promoção da Competitividade, que hoje em dia é pouco usado) "deixará o agente financeiro mais confortável para liberar crédito".

Além disso, segundo Moraes, serão ampliados os recursos do Programa Especial de Crédito (PEC, linha de capital de giro), voltados para as micro, pequenas e médias empresas. "Não faltarão recursos para essas empresas dentro da linha do PEC. Disso todos podem ter certeza", afirmou, frisando que essa linha permite a tomada de financiamento equivalente a 20% da receita operacional bruta da empresa no último exercício.

Moraes participou hoje do fórum "O Impacto da Crise Financeira nas Micro, Pequenas e Médias Indústrias", promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Durante o evento, o diretor da Fiesp responsável pela área, Milton Bogus, avaliou que as recentes medidas do governo para fomentar o fluxo de crédito foram acertadas, mas não estão chegando efetivamente às empresas menores.

Na opinião de Bogus, os leilões de dólares para crédito sem direcionamento e a ampliação dos instrumentos de garantias de crédito foram algumas das medidas importantes que o governo adotou para reativar o fluxo de crédito no país. No entanto, "é preciso que o fluxo chegue às micro, pequenas e médias empresas".

Para melhorar a situação desses empreendimentos, segundo Bogus, os bancos precisam se predispor a prover mais recursos e "devem dar o exemplo". "A redução da Selic tem reduzido o juro para o aplicador, não para o tomador", criticou ele.

Dentre as iniciativas citadas pelo diretor como essenciais para a retomada do fluxo de crédito está a reativação do fundo de aval do BNDES e o direcionamento de um fundo de direito creditório às micro, pequenas e médias empresas. "O dinheiro deve ser carimbado para essas empresas", enfatizou.

A grande dificuldade dos empreendimentos menores em relação ao acesso ao crédito tem sido classificada como um dos grandes canais de transmissão da crise internacional ao Brasil. Segundo afirmou hoje o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o país foi afetado duramente pela escassez do crédito externo, que recaiu sobre o aumento da demanda pelo crédito no mercado doméstico. "O estoque de crédito dos bancos pequenos caiu muito e isso fez com que as pequenas empresas tivessem dificuldade de captação." Meirelles reafirmou que entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009 o estoque de crédito nos bancos privados para as empresas cresceu 1,6%, sendo que para os grandes bancos o aumento foi de 10,8%, e para os pequenos e médios ocorreu um decréscimo de 6%. "Mas nós continuamos trabalhando para reativar este crédito", concluiu o presidente do BC.

(Vanessa Dezem | Valor Online )