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terça-feira, 30 de junho de 2009

JUROS BAIXOS ESTIMULAM ECONOMIA

ECONOMIA

todas as notícias de ECONOMIA 29/06/2009 às 00:15 | COMENTÁRIO (0)
Juro baixo favorece renegociação de dívidas
Donaldson Gomes, do A TARDE

A histórica redução da taxa básica de juros (Selic) a 9,25% pode representar uma boa oportunidade para a renegociação de dívidas. Isso apesar do “abismo” que separa o que os juros oficiais daqueles que são efetivamente cobrados no mercado: o spread. Em maio, a inadimplência no Brasil chegou a 8,6%, maior nível já registrado.

Como o risco nas operações de crédito permanece alto, o caminho para aproveitar o cenário econômica é longo. Passa por uma avaliação dos juros previstos em contrato, depois por uma negociação com o gerente do banco. Aí, o histórico de relacionamento faz diferença.

De acordo com levantamento da Associação Nacional do Executivos de Finanças (Anefac), os juros médios cobrados de pessoas físicas caiu 5,52%, passando de 137,91% para 132,39% ao ano. A pesquisa de juros da instituição aponta uma tendência de que as taxas caiam ainda mais.

“A renegociação é uma boa alternativa neste momento”, recomenda o o consultor de finanças pessoais Erasmo Vieira, da Planilhar Planejamento Financeiro. Segundo ele, já existem bancos que dão esta opção aos clientes, apesar de o movimento ainda acontecer de maneira tímida.

O consultor sugere que a primeira coisa a ser feita é dar uma boa avaliada no contrato assinado. Neste caso, não adianta só comparar os juros. “Além da prestação, existe também a taxa de abertura de crédito e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que precisam ser colocados na ponta do lápis”. Ele sugere que contratos de financiamentos de veíuculos ou de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) com juros mensais acima de 4% sejam analisados.

Já o caso de quem não está conseguindo manter as contas em dia é diferente. “Temos obrigação de honrarmos nossas dívidas sempre. O comportamento ideal é o de ‘trocar’ dívidas com o cartão de crédito por outras com juros mais baixos”, recomenda o presidente do conselho de administração da Anefac, José Ronoel Piccin, destacando como opções o consignado, o CDC ou o empréstimo pessoal.

O superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, Carlos Roberto Oliveira, lembra que a inadimplência é um dos fatores que encarecem o crédito. “Quando alguém não honra os compromissos financeiros contribui para que todos pagem juros maiores porque isso aumenta o risco das operações”.

Aproveite a queda da selic

Pesquisa - A redução da Selic deverá elevar a competição entre as instituições bancárias. Aproveite para comparar as condições oferecidas por cada uma delas.

Contrato - Além de prestar atenção aos juros cobrados nos financiamentos, é preciso atentar para outros custos, como a taxa de abertura de crédito ou o IOF.

Prestações - Quem adquire um financiamento com uma grande quantidade de prestações acaba pagando mais juros. Opte pelo mínimo possível.

Orientação - Em caso de dúvidas, não é nenhuma vergonha buscar orientação com alguém que entenda mais do assunto. Pode ser até com um amigo que entenda do assunto.

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